Todo mundo tem um momento
Mônica', diz Mauricio de Sousa
Primeira tira com a personagem completa 50 anos no
domingo (3).
'Identificação é forte das histórias', diz autor em entrevista ao G1.
'Identificação é forte das histórias', diz autor em entrevista ao G1.
Cauê
MuraroDo G1, em
São Paulo
Mônica
com o seu coelhinho Sansão
(Foto: Mauricio de Sousa Produções/Divulgação)
(Foto: Mauricio de Sousa Produções/Divulgação)
G1 – A
Mônica tem 50 anos, mas continua fazendo sucesso com as crianças. Por quê?
Mauricio de Sousa – Porque a criança continua curiosa, sedenta de coisas interessantes, atraentes, figuras fofinhas e algum tipo de mensagem que elas entendam bem. Não que elas não entendam numa essência mais profunda. Enquanto a gente conseguir atender essa curiosidade com temas e linguagem que são do dia a dia, nós estaremos com a criança.
Mauricio de Sousa – Porque a criança continua curiosa, sedenta de coisas interessantes, atraentes, figuras fofinhas e algum tipo de mensagem que elas entendam bem. Não que elas não entendam numa essência mais profunda. Enquanto a gente conseguir atender essa curiosidade com temas e linguagem que são do dia a dia, nós estaremos com a criança.
G1 –
Quais são as razões da longevidade da Mônica?
Mauricio de Sousa – Eu penso que é a humanidade do personagem. Todos foram baseados em gente que eu conheci, que vejo com transparência. Eu pego detalhes, nuances das pessoas. Elas fazem com que a malha, a rede que monta os personagens seja o mais parecida com pessoas que você conhece. Ou com você mesmo. A identificação é o forte das nossas histórias. Todo mundo conhece um Cascão, já foi a Magali, tem um momento Mônica, tem umas mancadas iguais ao Cebolinha, sonha com o local aprazível onde mora o Chico.
Mauricio de Sousa – Eu penso que é a humanidade do personagem. Todos foram baseados em gente que eu conheci, que vejo com transparência. Eu pego detalhes, nuances das pessoas. Elas fazem com que a malha, a rede que monta os personagens seja o mais parecida com pessoas que você conhece. Ou com você mesmo. A identificação é o forte das nossas histórias. Todo mundo conhece um Cascão, já foi a Magali, tem um momento Mônica, tem umas mancadas iguais ao Cebolinha, sonha com o local aprazível onde mora o Chico.
G1 – Sua
filha disse em entrevista coletiva: “Eu queria ser bonitinha, mas era baixinha,
gordinha, dentuça. Depois assumi a personagem e amo ter sido a inspiradora”.
Você chegou a hesitar ao atribuir alguma das características físicas à
personagem?
Mauricio de Sousa – Eu não! Para o pai, a filha é linda. Eu sou um “coruja” mesmo. Ela até podia ter alguma coisa assim, de que ela não gostaria, talvez. Mas, para mim, cada filho tem uma junção de características que faz da escultura final uma beleza. Cada filho meu é uma beleza pura, sob todo aspecto.
Mauricio de Sousa – Eu não! Para o pai, a filha é linda. Eu sou um “coruja” mesmo. Ela até podia ter alguma coisa assim, de que ela não gostaria, talvez. Mas, para mim, cada filho tem uma junção de características que faz da escultura final uma beleza. Cada filho meu é uma beleza pura, sob todo aspecto.
G1- Quando
você criou a Mônica, imaginava que ela fosse durar tanto tempo?
Mauricio de Sousa –Nunca pensei nisso. Nunca pensei em fazer sucesso, em prazos. Prefiro não pensar. O artista que pensa em prazo já se tolhe. Ele dá uma segurada no caminho da criação. O artista tem que ser fluido, tem que ser uma esponja que sinta, saiba, absorva tudo que está acontecendo pelo caminho – mas que ele continue sendo essa esponja. Quando muito, hoje, posso dizer que vou daqui uns três ou quatro anos criar a turma adulta. Porque tenho elementos para começar a montar desde agora um projeto desses.
Mauricio de Sousa –Nunca pensei nisso. Nunca pensei em fazer sucesso, em prazos. Prefiro não pensar. O artista que pensa em prazo já se tolhe. Ele dá uma segurada no caminho da criação. O artista tem que ser fluido, tem que ser uma esponja que sinta, saiba, absorva tudo que está acontecendo pelo caminho – mas que ele continue sendo essa esponja. Quando muito, hoje, posso dizer que vou daqui uns três ou quatro anos criar a turma adulta. Porque tenho elementos para começar a montar desde agora um projeto desses.
Primeira aparição da personagem Mônica, em tira do Cebolinha de 3 de março de 1963 (Foto: Divulgação / Mauricio de Sousa Produções)
Foto de Mônica, filha de Mauricio de Sousa, quando criança, e os primeiros esboços da personagem (Foto: Divulgação / Mauricio de Sousa Produções)
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